
Para o teu vinho (126ª Poesia de um Canalha)
Data 15/07/2025 20:34:57 | Tópico: Poemas
| Estou sóbrio e carregado de ódio ao copo vazio O vinho rasca martelado enviesava-me o olhar Levou-me nas pernas o peso líquido do mundo Olho-os nos olhos, brindo à vossa loucura e rio Tolos os que me vão lendo estas ondas de mar Pensamentos desse íntimo desejo tão profundo
Vejo por cá incorrigíveis e inalcançáveis poetas Degraus dum olimpo costurado por dois verbos E ali acima de todos, os pontos de interrogação Dúvidas são dívidas de cada um às suas metas De um mísero monossílabo a poemas soberbos És pessoa e Pessoa ou flores belas em negação
Os dedos cansados escrevem e apagam letras Tu desesperado rasgas ideias já enxovalhadas Eles agoniam na última exclamação infindável A nova pipa desse néctar de Baco que soletras Escoa lenta e pausadamente o sabor a laudas E eu leio-te poeta e escritor das palavras mel
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