Eis-me como Thomas Jackson, muralha

Data 17/07/2025 11:13:05 | Tópico: Sonetos

Eis-me como Thomas Jackson, muralha,
Onde o peito escreve a sangue as memórias
Das minhas façanhas mais irrisórias;
Poucas, se a memória me não falha.

Acentos em palavras ilusórias,
Vírgulas de paixão por onde calha,
Não há parágrafo a esmo que me valha,
Tudo o mais que ouvirdes, pois, são histórias.

Acode o cérebro mata-borrão,
Seca o tutano que de mim se esvai
Nas tábuas do meu Monte Sinai…

Incautos da guerra e da vida, olhai!
Dentre vós a muralha foi ao chão;
Cá dentro bate morto o coração.

09 de Março de 2010



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=379284