Dados ambos ao mote do luar

Data 18/07/2025 13:52:04 | Tópico: Sonetos

Dados ambos ao mote do luar,
No xadrez das palavras receosas,
A torre ali sem ninguém a guardar,
Tudo pois se criou em belas prosas.

Voando em teu redor, como mariposas,
Que só vêem o mundo na flor sem par,
Foram-se em ti escrevendo as minhas glosas;
Maior do que o teu mar, meu navegar.

Mas ínfimo a teus olhos, porventura,
Escutando a música que calaste,
Medonha a torre, ergueu-se em meu contraste…

Foi o acaso, talvez a aventura,
Do desafio à dor sem ter a cura;
Quando olhei vi a bandeira a meia haste.

12 de Março de 2010



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