Sonetos : 

Dados ambos ao mote do luar

 
Dados ambos ao mote do luar,
No xadrez das palavras receosas,
A torre ali sem ninguém a guardar,
Tudo pois se criou em belas prosas.

Voando em teu redor, como mariposas,
Que só vêem o mundo na flor sem par,
Foram-se em ti escrevendo as minhas glosas;
Maior do que o teu mar, meu navegar.

Mas ínfimo a teus olhos, porventura,
Escutando a música que calaste,
Medonha a torre, ergueu-se em meu contraste…

Foi o acaso, talvez a aventura,
Do desafio à dor sem ter a cura;
Quando olhei vi a bandeira a meia haste.

12 de Março de 2010

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
12
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.