a um tempo nunca perdido nem ganho

Data 18/07/2025 22:31:50 | Tópico: Poemas






gostavas do meu sentir. dizias que eu sabia sentir. como ninguém. surpreendeste-me. eu era assim e não sabia que ser assim, era saber sentir.
e hoje ficas aí, nesse meu pedaço de céu azul, enquanto eu deixo que me leias, um eu diferente. apenas os teus olhos brilham como antes, engolem-me numa espiral imparável e eu vou. sorris com esse gesto de rosto inclinado como fazias quando te sentias preso, absorto pelas tuas palavras que se soltavam da minha boca.
um dia perguntaste-me onde tinha andado aquele tempo todo, antes daquela vida tão una, mas partida.

atrasei-me, creio, e resta-nos tão pouco tempo.





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