Soneto número quatro

Data 21/07/2025 00:15:52 | Tópico: Sonetos

Grita o meu peito com a falta de abrigo
Que uma noite tão fria e escura oferece,
Minha casa antes feita em você , padece
Junto de todo amor que estava comigo.

Levas minha alma doce e guarda consigo
Nas tristes horas que a loucura entontece.
As juras tão castas rezadas em prece
Tornaram-se o meu mais terrível castigo…

Peço que ainda tenhas a nobre fineza
E devolve-me o amor que um dia lhe dei
Metade dele já somente bastava…

Vejo no infinito com clara certeza:
Não desperdicei os dias em que te amei,
Pois era a tua alma que a minha encontrava…



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=379377