Liturgias do silêncio

Data 27/07/2025 09:16:51 | Tópico: Poemas



Em cada silêncio

um olhar suspenso

espiral de sombra e resina.



Linguagens oblíquas a dormirem

no dorso da luz.



Nomes de outrora

peixes de papel

a desabarem no hálito do tempo.



Os passos progridem

fendas na terra onde crescem

flores de ausências.



Lugares antigos de pele

e de instantes



ecos translúcidos


quase canto

quase cinza.



E aquilo que perdura

afunda-se em presságio.











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