Poemas : 

Liturgias do silêncio

 


Em cada silêncio

um olhar suspenso

espiral de sombra e resina.



Linguagens oblíquas a dormirem

no dorso da luz.



Nomes de outrora

peixes de papel

a desabarem no hálito do tempo.



Os passos progridem

fendas na terra onde crescem

flores de ausências.



Lugares antigos de pele

e de instantes



ecos translúcidos


quase canto

quase cinza.



E aquilo que perdura

afunda-se em presságio.









 
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idália
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Enviado por Tópico
MÁRIO52
Publicado: 27/07/2025 11:22  Atualizado: 27/07/2025 11:22
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 Re: Liturgias do silêncio
Há silêncios ensurdecedores que não se calam dentro de nós.
Gostei bastante deste poema, amiga idália.

Abraço e ótimo domingo!

Mário Margaride