
Hóspede clandestino
Data 02/08/2025 17:09:23 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| O sonho que temos É sempre um hóspede clandestino, Chega sem avisar, veste sombras e cintilações, Deita-se no quarto mais escondido da alma E abre janelas que não sabíamos existir. Ele não pede chave nem permissão, Esgueira-se por frestas de pensamento Como um viajante Que sabe todos os atalhos do coração. Fica o tempo que quer, Rouba nossas horas, nossas certezas, E, quando parte, quase sempre, Deixa um bilhete indecifrável Sobre a mesa do amanhecer. Porque o sonho, mesmo amado, Nunca é morador fixo, É vento que carrega mapas invisíveis, É visita que sempre nos deixa um pouco mais Fora de nós mesmos. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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