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Hóspede clandestino

 
O sonho que temos
É sempre um hóspede clandestino,
Chega sem avisar, veste sombras e cintilações,
Deita-se no quarto mais escondido da alma
E abre janelas que não sabíamos existir.

Ele não pede chave nem permissão,
Esgueira-se por frestas de pensamento
Como um viajante
Que sabe todos os atalhos do coração.

Fica o tempo que quer,
Rouba nossas horas, nossas certezas,
E, quando parte, quase sempre,
Deixa um bilhete indecifrável
Sobre a mesa do amanhecer.

Porque o sonho, mesmo amado,
Nunca é morador fixo,
É vento que carrega mapas invisíveis,
É visita que sempre nos deixa um pouco mais
Fora de nós mesmos.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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Autor
Odairjsilva
 
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