
Grimórios
Data 04/08/2025 17:36:07 | Tópico: Poemas -> Amor
| Quando teus olhos encontrarem os meus, Que a carne se agite como rio em tempestade. Que os ossos tremam, lembrando-se Do frio que antecede a criação. Que teu rosto se torne meu altar, E que o vento carregue meu nome Até o último recanto da tua memória. Que o teu corpo seja abismo, E que eu caia nele sem corda, Sem mapa, sem volta. Que a tua boca seja chave e veneno, Abrindo a porta por onde escoa minha alma. E que, no silêncio entre um toque e outro, Nasça a fome, A mesma fome que pertenceu a monstros e deuses, A mesma que queimou reinos e oceanos, Apenas para provar que podia. Assim seja. Assim foi. Assim será. Poema: Odair José, Poeta Cacerense Observação: Proibido de ser pronunciado em noites de lua nova, Pois acende em quem o recita Um desejo que não pode ser extinto. www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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