Para (in)Justos (138ª Poesia de um Canalha)

Data 27/08/2025 17:44:06 | Tópico: Poemas

Quão justos são os injustos
Juízes desta vida sem juízo
Bailarina de andares tristes
Pérola alva d'olhos adustos
Que aqui tinham sem aviso
Veneno de todas as pestes

E teus fanais a levar gente
Entr'os trôpegos caminhos
Que à lua adornam medos
Soltos por acaso na mente
D'alguns corpos alvarinhos
Onde se finam os segredos

Foste chão de carne e osso
Indivisível zero irrecusável
Filho do nada e quase tudo
Vício inconfesso calabouço
Eras alma de mel e teu fel
Um degredo surdo e mudo


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