
Sob a pele
Data 22/08/2025 17:19:45 | Tópico: Poemas -> Paixão
| É como respirar vidro. Como engolir água escura E sentir os pulmões queimando, Implorando por ar Enquanto o seu nome pesa no meu peito Feito pedra. Meu corpo treme. A pele arde como se você estivesse por dentro, Rasgando cada nervo, Cada pedaço que eu tentei proteger de você. Minhas mãos suam, Minha boca seca, Minha cabeça gira Como se o chão tivesse desaparecido. E ainda assim… Eu te procuro. No meio do caos, no meio da falta de ar, Eu te procuro. Você é a febre que não passa, A vertigem que me derruba, O veneno que eu bebo sabendo o fim. Já tentei correr, Já tentei me esconder em outros corpos, Outros abraços, Outros cheiros. Inútil. Tudo em mim grita o seu nome. Amar você não é um ato de escolha. É um colapso inevitável. É a falha final do meu instinto de sobrevivência. E mesmo com o coração estilhaçado, Mesmo sabendo que estou afundando, Eu abro os braços para te receber. Porque no fim, A dor de te querer É menos insuportável Do que a ideia de te perder. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
Instagram @poetacacerense
|
|