A PLENOS PULMÕES

Data 25/08/2025 10:50:07 | Tópico: Sonetos

A PLENOS PULMÕES

Puxava o ar co’a urgência de afogados,
Como estivesse a vida por um fio,
N’um respirar frenético e sombrio,
Ainda d’olhos vãos e esbugalhados.

Desabo sobre mim sem mais cuidados,
Arfando pelo chão feito um vadio.
Talvez olhasse a morte em desafio,
Reduzido a suspiros extenuados.

Mas, além de tudo isto, o coração…
Batendo acelerado em explosão,
Quase que já me saindo pela boca.

E esse sopro, momento após momento,
Pareceu-me a própria alma em movimento,
Quando o corpo a si mesmo se provoca.

Betim - 24 08 2025











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