
Sepulcro da saudade
Data 21/09/2025 20:14:24 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| Carrego a saudade como um túmulo aberto, Um corte que nunca cicatriza, Sangrando lembranças de um amor Que se perdeu nas sombras do tempo. O vento me devolve teu nome, Mas é um sussurro morto, Um fantasma que atravessa meus ossos E deixa o frio entranhado na pele. Teu perfume ainda vagueia no escuro, Como veneno que não se dissipa, Um altar de cinzas e silêncio Que me obriga a rezar pelo que não volta. Não sofro apenas o que vivi contigo, Mas o que jamais viverei, O futuro roubado, A eternidade quebrada. E nesta escuridão que me habita, Descubro a verdade cruel: O amor que me resta É apenas ausência, Um punhal cravado Que insiste em machucar. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
Instagram @poetacacerense
|
|