Hoje a consciência vomitou

Data 22/09/2025 07:42:41 | Tópico: Sonetos

Hoje a consciência vomitou
vísceras de fel da alma tão somente;
Não moeu a côdea que a gente amassou,
E vai, caiu enferma assim de repente.

Julgando ir-se, logo se confessou,
De joelhos, perante nenhuma gente,
Nem ao sol nem à lua, pois, falou,
Mas tudo disse de forma eloquente.

Chamou para pertinho o coração,
Olhou-o como a um petiz pequeno,
A quem se vai dizer que os pais morreram…

Era a esperança da cor do carvão,
Nada destilou melhor o veneno,
Do que as duas lágrimas que escorreram.

10 de Janeiro de 2011



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