Sonetos : 

Hoje a consciência vomitou

 
Hoje a consciência vomitou
vísceras de fel da alma tão somente;
Não moeu a côdea que a gente amassou,
E vai, caiu enferma assim de repente.

Julgando ir-se, logo se confessou,
De joelhos, perante nenhuma gente,
Nem ao sol nem à lua, pois, falou,
Mas tudo disse de forma eloquente.

Chamou para pertinho o coração,
Olhou-o como a um petiz pequeno,
A quem se vai dizer que os pais morreram…

Era a esperança da cor do carvão,
Nada destilou melhor o veneno,
Do que as duas lágrimas que escorreram.

10 de Janeiro de 2011

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
32
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.