Hoje a consciência vomitou
vísceras de fel da alma tão somente;
Não moeu a côdea que a gente amassou,
E vai, caiu enferma assim de repente.
Julgando ir-se, logo se confessou,
De joelhos, perante nenhuma gente,
Nem ao sol nem à lua, pois, falou,
Mas tudo disse de forma eloquente.
Chamou para pertinho o coração,
Olhou-o como a um petiz pequeno,
A quem se vai dizer que os pais morreram…
Era a esperança da cor do carvão,
Nada destilou melhor o veneno,
Do que as duas lágrimas que escorreram.
10 de Janeiro de 2011