FIOS DE LUZ

Data 26/09/2025 04:07:49 | Tópico: Sonetos

Pobre cego chora, lembrando de outrora,
Quando a luz suave invadia o seu ser;
No peito só trevas procuram viver,
E a dor silenciosa em seu peito mora.

Recorda o fulgor que nos olhos aflora,
Lembrança de um dia que insiste em nascer;
Mas sombra se ergue e procura vencer,
Cobrindo de névoa a esperança que implora.

Contudo, na mente, um fio ainda arde,
Vislumbre de sol que resiste ao sofrer,
Trazendo à existência uma nova verdade.

Se um passo se arrisca, o caminho há de ter;
A noite recua, o abismo se parte,
E a vida renasce com força de crer.



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