Olhai Morfeu e seus possantes braços

Data 09/10/2025 14:03:25 | Tópico: Sonetos

Olhai Morfeu e seus possantes braços,
Embalando a desgraça e a fantasia,
Que um sono, mesmo dos mais toscos traços,
Esmaga a dor como uma anestesia.

Esquecem-se todos os embaraços,
No momento em que o cadáver jazia,
Arfando calmo em múltiplos compassos,
Dados pelo peito que quase explodia.

Porque o sono ante o sonho ou pesadelo,
Sempre cede e perde a ponta ao novelo,
Amassando ficção com realidade…

Não mais faça a alma para merecê-lo,
Já que a melancolia sem maldade
Galga e impõe-se insone sem ter piedade.

26 de Abril de 2011



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=380894