Sonetos : 

Olhai Morfeu e seus possantes braços

 
Olhai Morfeu e seus possantes braços,
Embalando a desgraça e a fantasia,
Que um sono, mesmo dos mais toscos traços,
Esmaga a dor como uma anestesia.

Esquecem-se todos os embaraços,
No momento em que o cadáver jazia,
Arfando calmo em múltiplos compassos,
Dados pelo peito que quase explodia.

Porque o sono ante o sonho ou pesadelo,
Sempre cede e perde a ponta ao novelo,
Amassando ficção com realidade…

Não mais faça a alma para merecê-lo,
Já que a melancolia sem maldade
Galga e impõe-se insone sem ter piedade.

26 de Abril de 2011


Viriato Samora

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
53
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.