Para a Guerra da Paz (139ª Poesia de um Canalha)

Data 09/10/2025 21:11:27 | Tópico: Poemas

O homem que inventou as lágrimas
Andava ali a sós com os murmúrios
Escondido à noite nuns silêncios
A dar mão à saudade de umas rimas
Que tal dia se foram com dejúrios
No rubro chão de seus prenúncios

O chão velho debaixo das crianças
Chorando sem que alguém o notasse
Deixava nascer duas a três flores
Com o cheiro vadio das esperanças
Da loucura pura que ali brincasse
Cruzada com pele de todas as cores

Outro que nos deixa aqui de parte
Esse de lágrimas doces e salgadas
Com olhar caído e quiçá esquecido
Homem filho de boa gente com arte
E fino ar feito d’orações sagradas
De uns os outros em passo perdido




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