Poemas : 

Para a Guerra da Paz (139ª Poesia de um Canalha)

 
O homem que inventou as lágrimas
Andava ali a sós com os murmúrios
Escondido à noite nuns silêncios
A dar mão à saudade de umas rimas
Que tal dia se foram com dejúrios
No rubro chão de seus prenúncios

O chão velho debaixo das crianças
Chorando sem que alguém o notasse
Deixava nascer duas a três flores
Com o cheiro vadio das esperanças
Da loucura pura que ali brincasse
Cruzada com pele de todas as cores

Outro que nos deixa aqui de parte
Esse de lágrimas doces e salgadas
Com olhar caído e quiçá esquecido
Homem filho de boa gente com arte
E fino ar feito d’orações sagradas
De uns os outros em passo perdido



A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Beatrix
Publicado: 12/10/2025 07:54  Atualizado: 12/10/2025 07:54
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Mensagens: 794
 Re: Para a Guerra da Paz (139ª Poesia de um Canalha) / Alemtagus
.
Olá, Alemtagus.
Parabéns pelo teu livro e muito sucesso. Este é para continuar, certo?

Bem-vindo à nossa casa e espero que venhas para ficar.
Fazes cá falta.


É lindo o teu poema!

O homem que inventou as lágrimas deu a mão à saudade. Debaixo dele, o chão deixou florir algumas flores. Talvez para que o acompanhassem, ao homem, num momento de lágrimas doces e salgadas, no sítio onde a esperança é vadia, e a loucura pura.
Gostei muito
Obrigada.


Ab
Beatrix