
Condição impura de uma linha desfiada
Data 10/10/2025 20:46:39 | Tópico: Poemas
| “(...)"Parte! Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais! Não deixes pena que ateste a mentira que disseste! Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais! Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!” Disse o corvo, “Nunca mais”.(...)"
O Corvo (Edgar Alan Poe - FP)
Qual a linha da parede lisa, sem intenção Sem notícias, ou meros hábitos de ver, apenas Em tempos áridos, cheios de cartas, de cenas E ainda serei a estátua desta imposição
É a regra rarefeita, a escolha que não fiz Por exemplo, por ensaio dos meus olhos de giz Afinal, é um sopro do nome dela que me devasta Em neve sob minhas noites frias e deixadas
Ah, eu.. que deveria ser um conto de descrer Quando todos os pecados me fizerem arder E sob fogo, seria a lâmina! E cortaria esse degrau
Eu derrubaria as ruas onde ela passa, ponto e final. Qual a sombra que desprende em corpo de mim E ela não vê quando eu caio, não me ouve, enfim
Em meu deserto de imagina-la, impura..
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