Poemas : 

Condição impura de uma linha desfiada

 
“(...)"Parte! Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais! Não deixes pena que ateste a mentira que disseste! Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais! Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!” Disse o corvo, “Nunca mais”.(...)"

O Corvo
(Edgar Alan Poe - FP)





Qual a linha da parede lisa, sem intenção
Sem notícias, ou meros hábitos de ver, apenas
Em tempos áridos, cheios de cartas, de cenas
E ainda serei a estátua desta imposição

É a regra rarefeita, a escolha que não fiz
Por exemplo, por ensaio dos meus olhos de giz
Afinal, é um sopro do nome dela que me devasta
Em neve sob minhas noites frias e deixadas

Ah, eu.. que deveria ser um conto de descrer
Quando todos os pecados me fizerem arder
E sob fogo, seria a lâmina! E cortaria esse degrau

Eu derrubaria as ruas onde ela passa, ponto e final.
Qual a sombra que desprende em corpo de mim
E ela não vê quando eu caio, não me ouve, enfim






Em meu deserto de imagina-la, impura..


 
Autor
Philosophem
 
Texto
Data
Leituras
37
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.