Longínquo o tempo em que o amor se dizia

Data 15/10/2025 11:06:51 | Tópico: Sonetos

Longínquo o tempo em que o amor se dizia
Na escrita de alma lenta e saborosa,
Fluida que no envelope mal cabia,
O poético sentir de tanta prosa.

Resta agora o travo da nostalgia,
Rosa sem espinhos que não és rosa!
Fez o homem da noite um eterno dia,
Furtando ao choro a lágrima vaidosa.

Contam-se anos pelos dedos das mãos,
Átomos na História envergonhada,
Contada numa escrita amarelada…

Hoje, tu que amas, juntas-te à manada,
Comes letras, sacas tiles aos ãos,
E és heróis se escreveres coraçãos.

09 de Junho de 2011



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