Longínquo o tempo em que o amor se dizia
Na escrita de alma lenta e saborosa,
Fluida que no envelope mal cabia,
O poético sentir de tanta prosa.
Resta agora o travo da nostalgia,
Rosa sem espinhos que não és rosa!
Fez o homem da noite um eterno dia,
Furtando ao choro a lágrima vaidosa.
Contam-se anos pelos dedos das mãos,
Átomos na História envergonhada,
Contada numa escrita amarelada…
Hoje, tu que amas, juntas-te à manada,
Comes letras, sacas tiles aos ãos,
E és heróis se escreveres coraçãos.
09 de Junho de 2011
Viriato Samora