
Salvo erro
Data 25/10/2025 09:49:19 | Tópico: Poemas
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Salvo erro
Quantos Césares fui nem sei, Salvo erro mais de cem, Sonhei-me dono dum Império E esse ruiu também, furriel
Taberneiro, nos dois ramos Sempre de baixa magistratura, Nada que se compare á claro A monarca do "Reino da Fala",
Se a memória não me falha, Estandarte azul particular, Peculiar o meu caso por rever, Desamor ao próximo, falo alto,
Vejo o mundo com olhos De barata gigante, estranha Ciência, existir que m'esmaga Sinto a realidade um sonho,
Ou a imaginação cortada À faca, "half awake half gone" E até esta me deixou, foi-se Salvo erro Irlanda,
Onde a dor é bem mais antiga. Quantos Césares fui nem sei, Ainda outro dia os contei, Eram ou foram mais de cem,
Não sei se me alegre, Ou se me entristeço, Digo a mim próprio que minto E essa mentira fica a sós comigo,
No mesmo labirinto, com a mesma Raiz, o mesmo barro, Nem por isso menos claro nem Mais raro, tudo quanto digo
Me diz quem, o que fui desenterrar, Ironia - como já disse, não leio, Ouço sem ver, vejo sem ouvir, Isto salvo erro, sou eu a pensar,
De mim pra mim, comigo.
Joel Matos 25 Outubro 20/25
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