
A morte tempera-se a frio
Data 23/10/2025 10:33:46 | Tópico: Poemas
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Sou um misto de sensações,
Aquilo que de mim se vai separando, Não é a vontade pródiga mas algo Que, sendo humano raso dificilmente Percebo, facilmente me faz medo,
Parte do que sou é isso, contraditório Incompreensível até pra mim mesmo, Assim como que numa República intima, Que não sendo de verdade é claro,
Claramente sinto perca d'algum pedaço, Daquilo que é apenas textura, cal Cimento, pele e osso entre eu e eu, Parte sólida física e parte mística pura,
Não sendo humano talvez aquilo que sinta Sinto ser um misto de leais sensações, Que me completam e relacionam com O sacerdócio da mortalidade, o caminho
Que me vai separar de mim mesmo, que não posso quebrar, interromper No futuro que há de seguir, não me Faz medo o medo que é meu vizinho
Do lado, há que seguir mesmo sem ver Deste mundo o mundo enorme, bem maior Que este, supremo oculto gelado rio, assim Se tempera o aço numa espada, a frio.
Joel Matos 23 outubro 20/25
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