Hoje é o dia de todos os dias

Data 22/10/2025 15:33:07 | Tópico: Sonetos

Hoje é o dia de todos os dias,
Em que não me entreguei ao pensamento,
Mas se venho aqui calar-me, rebento!
Canto ainda muito aquém das cotovias.

Era em ti que eu pensava e não sabias,
Um sonho atrasado e já bolorento,
Talvez paixão amputada do acento,
Nas guerras do amor que não defendias.

Teu proscrito sobrenome apagou-se,
A tua alma fátua evaporou-se,
Os teus ossos nem torrões os comeram…

O resto que não foste, assim cremou-se,
Só uns lanhos não desapareceram,
Os tempos o teu tempo já esqueceram.

26 de Julho de 2011



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