Sonetos : 

Hoje é o dia de todos os dias

 
Hoje é o dia de todos os dias,
Em que não me entreguei ao pensamento,
Mas se venho aqui calar-me, rebento!
Canto ainda muito aquém das cotovias.

Era em ti que eu pensava e não sabias,
Um sonho atrasado e já bolorento,
Talvez paixão amputada do acento,
Nas guerras do amor que não defendias.

Teu proscrito sobrenome apagou-se,
A tua alma fátua evaporou-se,
Os teus ossos nem torrões os comeram…

O resto que não foste, assim cremou-se,
Só uns lanhos não desapareceram,
Os tempos o teu tempo já esqueceram.

26 de Julho de 2011


Viriato Samora

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
17
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.