Hoje é o dia de todos os dias,
Em que não me entreguei ao pensamento,
Mas se venho aqui calar-me, rebento!
Canto ainda muito aquém das cotovias.
Era em ti que eu pensava e não sabias,
Um sonho atrasado e já bolorento,
Talvez paixão amputada do acento,
Nas guerras do amor que não defendias.
Teu proscrito sobrenome apagou-se,
A tua alma fátua evaporou-se,
Os teus ossos nem torrões os comeram…
O resto que não foste, assim cremou-se,
Só uns lanhos não desapareceram,
Os tempos o teu tempo já esqueceram.
26 de Julho de 2011
Viriato Samora