"da terra de todos os mares em que ela navegou,"

Data 24/10/2025 17:22:11 | Tópico: Poemas -> Sombrios

"Colocai-a na terra e que de sua bela e imaculada carne brotem perfumadas violetas!"

(Hamlet) Cena I, Ato V





...




E,





Na margem obstante de um pormenor exilado
É só conexão perdida, em meio à tempestade
De mim, quero o pouco de ar que me falta ao lado
Quero o prêmio de deixar o porto que ainda arde

Em chamas dos meus olhos acesos à lua sem fim
Noite que destoa sob tinta negra dessa convulsão
meu corpo treme a bater em setas vindas de mim
Tal a mentira que contei mil vezes por aceitação

Eu amei o meu desejo que tentei gravar na água
Eu avistei uma terra de minha casa, mas era inválida
Na tentativa de voltar o tempo, apenas esperei

Era este, o conto que não previ, mas sempre serei
Um castelo em meio ao limbo de cartas exiladas
Não lidas pelos olhos dela. É só fogo e se propaga.







E queima, e queima, queima..




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