aquiescência

Data 28/10/2025 02:21:36 | Tópico: Poemas







sempre de mansinho

sem ruído
cúmplice
o puxador sorri à tua passagem
devagar
como se temesse acordar o amanhã…

deslizas ao longo da pele adormecida
suave
imóvel eu

há um cheiro acre a invadir as paredes
restos do mundo que assim te devolve

ficas sem nada dizer
denuncia-te a respiração apenas
o calor tépido na minha nuca
a ocasião em espera

sinto que sorrio

volto-me
no encontro de mim sinto-te

[és sempre o mesmo pássaro de regresso ao ninho de mim
protetor]





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