Morre a esperança, viva a esperança!

Data 30/10/2025 15:29:48 | Tópico: Sonetos

Morre a esperança, viva a esperança!
Pela luz de cada aurora teimosa,
Das entranhas vencida a nebulosa,
Luzindo nos olhos duma criança.

É muralha no vento que a balança,
Destemida, contudo receosa,
Não se sabe se é poesia, se é prosa,
Só que recua tanto quanto avança.

Dê-se-lhe um nome; falso, pois, que seja;
Contudo forte, como a alma que o almeja,
Candeia que faça seguir em frente…

A maior força, mesmo essa, fraqueja,
Cai aos pés da dor que lhe diz: presente!
Para depois se erguer eternamente.

20 de Fevereiro de 2013



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