Sonetos : 

Morre a esperança, viva a esperança!

 
Morre a esperança, viva a esperança!
Pela luz de cada aurora teimosa,
Das entranhas vencida a nebulosa,
Luzindo nos olhos duma criança.

É muralha no vento que a balança,
Destemida, contudo receosa,
Não se sabe se é poesia, se é prosa,
Só que recua tanto quanto avança.

Dê-se-lhe um nome; falso, pois, que seja;
Contudo forte, como a alma que o almeja,
Candeia que faça seguir em frente…

A maior força, mesmo essa, fraqueja,
Cai aos pés da dor que lhe diz: presente!
Para depois se erguer eternamente.

20 de Fevereiro de 2013


Viriato Samora

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
12
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.