A marcha dos repetentes

Data 02/11/2025 10:29:33 | Tópico: Poemas

Casa, trabalho,
trabalho, casa,
presos ao gatilho,
tanto quanto à bala.

[bebeu água benta
para se tornar santo,
matar a sede, bem morta,
sem passar a porta]

Dormir e acordar e dormir e acordar,
um repouso que se exercita,
uma vigília presente
que nos fala,
que dá brilho,
que nos aguenta.

Inspira
e expira...

Ganham memórias, glórias inglóras
e contam-nas
em histórias...

Eis a marcha dos repetentes.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=381273