Jaime, Capitão, coração sem medo

Data 04/11/2025 11:00:10 | Tópico: Sonetos

Jaime, Capitão, coração sem medo,
Verdejante alma em Primavera solta,
Ombro a ombro tens o meu, que te escolta,
Invisível que seja num segredo.

Talvez seja tarde, para ti cedo,
Comanda o meu desejo de revolta,
A cada dia que vai e não volta,
A cada noite em que estou triste e ledo.

Fatídico há-de vir, como a loucura,
De manso ou ágil, como a vil serpente,
O momento em que tudo será vão…

Tudo, salvo as migalhas de ternura,
Bem-querer desmesurado e insolente,
Que acrescento ao fermento do teu pão.

12 de Maio de 2014



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=381313