Jaime, Capitão, coração sem medo,
Verdejante alma em Primavera solta,
Ombro a ombro tens o meu, que te escolta,
Invisível que seja num segredo.
Talvez seja tarde, para ti cedo,
Comanda o meu desejo de revolta,
A cada dia que vai e não volta,
A cada noite em que estou triste e ledo.
Fatídico há-de vir, como a loucura,
De manso ou ágil, como a vil serpente,
O momento em que tudo será vão…
Tudo, salvo as migalhas de ternura,
Bem-querer desmesurado e insolente,
Que acrescento ao fermento do teu pão.
12 de Maio de 2014
Viriato Samora