Dez de Agosto e o pensamento magoa

Data 05/11/2025 11:01:12 | Tópico: Sonetos

Dez de Agosto e o pensamento magoa,
A alma consumida, o corpo definha,
Dez de Agosto e a palavra que soa,
Perdida numa noite ribeirinha.

Dez de Agosto num para sempre à toa,
Livre o beijo do peito que o sustinha,
Dez de Agosto na entrada de Lisboa,
Onde e quando a fé era toda minha.

Que dia é hoje deste tempo imenso?
Cerro os meus olhos, enlouqueço e penso,
Que nunca existiu, nem lhe senti gosto…

Mas o aroma das rochas e do incenso,
A visão, o espectro, sei lá!, O encosto!
Sussurram pela brisa Dez de Agosto.

10 de Agosto de 2014



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