Luso-Poemas
Sonetos : 

Dez de Agosto e o pensamento magoa

 
Dez de Agosto e o pensamento magoa,
A alma consumida, o corpo definha,
Dez de Agosto e a palavra que soa,
Perdida numa noite ribeirinha.

Dez de Agosto num para sempre à toa,
Livre o beijo do peito que o sustinha,
Dez de Agosto na entrada de Lisboa,
Onde e quando a fé era toda minha.

Que dia é hoje deste tempo imenso?
Cerro os meus olhos, enlouqueço e penso,
Que nunca existiu, nem lhe senti gosto…

Mas o aroma das rochas e do incenso,
A visão, o espectro, sei lá!, O encosto!
Sussurram pela brisa Dez de Agosto.

10 de Agosto de 2014

Viriato Samora

 
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Dez de Agosto e o pensamento magoa
Pela sombra imposta da tua ausência
Desafia o tempo de peito aberto
Jaime, Capitão, coração sem medo
Sei de amor, coisa amada, ou não soubesse
Aleatórios
Sobre este chão mil vezes pelejado
Absorto é todo o momento nostálgico
Na languidez serena, esbranquiçada
Os meus ossos são nesta carne estacas
Deixaste-me a ânsia de me falares
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Enviado por Tópico
Hondy
Publicado: 05/11/2025 11:57  Atualizado: 05/11/2025 11:57
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Usuário desde: 26/08/2025
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Mensagens: 53
 Re: Dez de Agosto e o pensamento magoa
.

É uma melancolia e beleza — triste como uma despedida, mas serena como quem ainda espera ouvir, ao longe, a palavra que se perdeu na correnteza.

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