Atravessei uma nova barreira, e na vida, às vezes, entramos sob o chão de madeira, escorregando entre a entrada e a saída.
São questões infinitas em que sempre paramos — pensamos — sobre alternativas indeferidas. E nem sempre é sobre quem amamos,
nem sobre o quê ou quem pensamos, mas sobre o coração que vive na matilha, o coração que se blinda e vira escotilha dentro do pensamento que forjamos,
e que se torna a própria armadilha. Sozinho, preso àquela ilha do sentimento que naufragou nas esperanças que, por fim, se esgotou.
Eu sempre te lapidei como um diamante, mas, no meio de tudo, reconheço: estava mais pra lá do que pra cá — distante — de um “eu” que hoje desconheço.
Perdoa-me por esse meu reincídio, por te forçar a criar teu próprio início, pois foi no meu precipício que te dei a chance de um novo reinício. (Kaique Nascimento do Amaral)
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