
Noi due siamo uno
Data 11/11/2025 23:51:34 | Tópico: Poemas
| Não era cerimónia a parcimónia. Não se escrevia cereal, não se misturava Ceres com à parte. Uma era total, a outra, divisão. Se havia nalguma, vergonha, talvez a que sobra seja a que sonha. Por vezes encontravam-se numa frase, ou ainda, num verso, numa conversa em que se desconversa, apruma, linda. Uma era social, tinha gente ideal, a outra quase vazia, fazia dum gato pingado ou dois o prato, depois, esse miado. Mais gente, mais barulho, enchia o bandulho, troca, perna que se roça, indecente, inocente. Impuros os puritanos, insanos. Fazia cerimónia a parcimónia. Encolhidas a um canto. A sala redonda. Onda onde fala, tanto. Ambas partilhavam uma parte. O sufixo. Prolixo químico que faz saltar o verniz, cínico, faz mal ao nariz, a amónia. O amoníaco, demoníaco, maníaco.
A noite pôs-se, açoite. Faz-te à estrada, errada.
|
|