Dou-me em versos da memória vã

Data 16/12/2025 10:56:52 | Tópico: Sonetos

Dou-me em versos da memória vã,
Num ápice de vertigem sem ti,
O sonho em que acordado adormeci,
Os restos da panaceia malsã.

Erraram pela noite, minha irmã,
Escuro medonho que não temi,
Buscaram a verdade que menti,
Sagrada a estola que foste pagã.

Já tantos os versos alucinados,
Nascidos das febres dos sentimentos,
Esporas no meu cérebro cismado…

Deixo a quem quiser de mim os bocados,
Feitos em palavras, que as leve os ventos,
Sou do passado além-morte e indomado.

19 de Fevereiro de 2023



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=381877