GUARDADO (soneto)

Data 23/12/2025 01:57:29 | Tópico: Poemas -> Desilusão

Te guardo no peito feito um grito,
Quando tu vais, a noite é sem fim;
A voz quebra em dor, algo ruim;
E teu nome na alma jaz escrito.

No sol do verão, és pura ilusão;
Tua falta acende tanta amargura;
Riso por fora, e vou, sem mais cura;
Pra não cair, eu finjo ser o chão.

Se tu me olhas, torno ao presente;
Em teu silêncio cresce o ardor;
Tremo e caminho, sigo de frente;

De que me vale saber amar?
Se teu recuo só devolve a dor,
Sem um sim, guardo-te, sem amor.


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