Aqui jaz a inocência

Data 31/05/2008 12:35:02 | Tópico: Poemas

A vã presunção de um arreganho alvo,
indicia a confiança imaginada de um inocente
que não guarda nada e dá-se franco e calvo...
coitado! Vai morrer de sacanice indigente
que, de tão pobre, nem morde, não tem dentes.

A nudez clara e refinada da educação
entranha-se no seu jeito de anho desmamado
apascentado entre os cardos do chão
que cortam a língua, emudecendo o chamado...
“socorro! Que me matam aos poucos!”

Rareia a nobreza no fim da inocência,
rareia tanto como a vida das ilusões
que se faz de cor de rosa e decência...
que se fazia de cor de rosa e recordações.

Valdevinoxis




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