a carta que nunca me escreveste ou a simples confissão do teu maior crime

Data 02/06/2008 21:42:29 | Tópico: Mensagens

O carteiro andou às voltas com a minha carta entre os dedos sem saber de mim mas eu estava, como sempre estou, sentada a escrever-te. Li-te com o coração aos pulos dentro de mim, bem sei desses sofismas e dessas barbaridades e de todas essas coisas filosófias ou ridículas dependendo do ponto de vista. Como dizia Álvaro de Campos "todas as cartas de amor são ridículas" mas ridícula ou não está é a minha carta para ti, de amor? Também não sei, nunca soube, apenas sei que te queria dedicar um texto para te mostrar o quanto és especial para mim, queria dedicar-te um canto nesta terna e longa viagem através da prosa,queria que as minhas letras valessem por todas as palavras que não são proferidas pela minha boca.
Porque te gosto! É um gostar tão intenso que tive de o escrever, espero que acredites neste sentimento que habita em mim e cresce,cresce. Talvez eu não tenha sido capaz de te mostrar até agora o que sentia, ou então talvez nem a mim própria tenha conseguido sentir mas eu sei, agora sei que sempre soube que o que sinto por ti é tão eterno e intenso que não poderei apagá-lo de mim daqui para ali.
É por isso que hoje, agora mesmo, escrevo calada, com a tua foto parada no ambiente de trabalho do meu computador, um sentimento que gostava de te demonstrar, um beijo que me apetecia dar, o abraço que queria entregar-te porque só mereces os meus carinhos, porque só mereces todos os meus gestos de amor.
Talvez esta carta seja ridícula, talvez a nossa vida seja feita de um sentimento repleto de sofismas e barbaridades mas meu amor, não será tudo isto genuíno apenas? É tão bom que se for um sonho imploro-te que me deixes assim ficar adormecida.





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