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Data 24/06/2008 10:29:41 | Tópico: Prosas Poéticas

Procuro na maresia extractos da tua alma, estilhaços dos sentidos perdidos em pequenos nadas. Filtro perfumes da tua essência, descubro-te nos vazios do espaço, aglutino-te numa única luz, numa única alma.
És energia constante, fluxo de forças que deambula por galáxias, atravessando Universos em busca de corpos que comportem a sensibilidade que carregas. Vestes mil rostos, corpos que se ajustam às formas mais diversas do teu ser.
Afogas-te em mágoas quotidianas, em vidas desperdiçadas em busca do sublimar dos sentidos, encontras-te no toque dos dedos que acariciam o teu corpo, a pele arrepia-se ao encontrar-se com o êxtase da libido, mas, a tua alma clama por outros prazeres.
Choras quando descobres as notas com que construíste a tua canção, as letras que cantam a música da alma, choras ao perceber que há algo para além do corpo que vestes, que há dedos que tocam para além da tua pele, que te abraçam a alma e te fazem voar, sem asas.
Sorris, porque percebes que alguém te segue por todas as dimensões e espaços, e que, mesmo no vazio das tuas quedas, há uma mão que te ampara, uma asa que se solta e te agarra, não permitindo que te percas no abismo.
Para mim, seguir-te é destino, descobrir-te é desafio, encontrar-te é a fé que me faz caminhar pelos caminhos perdidos entre as dimensões, sabendo que em todas elas te encontrarei, me farei presente em ti, deixando indelével marca da minha constante presença em tua alma.


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