 
  
    	"insomne"
    	Data 07/07/2008 21:14:01 | Tópico: Poemas
 
  |  Insones, as minhas mãos retraídas de vazias  guardam tesouros maiores que teimam em não soltar: - preciosidade singulares, enigmas superiores bordaduras raras,   fios d’oiro e  prata em crivo aberto, aves imaginárias do paraíso...
  Insones, abrigam na singeleza do meu jeito
  um afago uma semente  uma flor  um laço ininterrupto e insuspeito  d’enlaçar odores de manjerona e alecrim [e trigos maduros, meu amor …]
  Insones, minhas mãos vazias e tão cheias de delonga  alongam-se em linhas e fossas abissais,  onde estão assinaladas, umas a uma,  todas as caligrafias dum alfabeto copioso, determinado, obsessivo e espinhoso  indecifrável aos Deuses demais  de querer ousar ser somente humana-vida …
  (que existem timbres e anagramas  que somente eu alcanço, e, titubeante,  em certos momentos instantes,  parece até que, lembrando, autista, esqueço…)
  perco-me nas linhas de minha mão em urdidura do verso definhando finda em fio tenro de chuva sendo  da roca, cadernal, ousadia  … e seda pura.
 
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