Insones, as minhas mãos retraídas de vazias 
guardam
tesouros maiores que teimam em não soltar:
- preciosidade singulares, enigmas superiores
bordaduras raras,  
fios d’oiro e  prata em crivo aberto,
aves imaginárias do paraíso...
Insones, abrigam na singeleza do meu jeito
um afago
uma semente 
uma flor 
um laço ininterrupto e insuspeito 
d’enlaçar odores de manjerona e alecrim
[e trigos maduros, meu amor …]
Insones, minhas mãos vazias e tão cheias de delonga 
alongam-se em linhas e fossas abissais, 
onde estão assinaladas, umas a uma, 
todas as caligrafias
dum alfabeto copioso, determinado, obsessivo e espinhoso 
indecifrável aos Deuses demais 
de querer ousar ser somente humana-vida …
(que existem timbres e anagramas 
que somente eu alcanço, e, titubeante, 
em certos momentos instantes, 
parece até que, lembrando, autista, esqueço…)
perco-me nas linhas de minha mão em urdidura do verso
definhando finda em fio tenro de chuva
sendo 
da roca, cadernal, ousadia  … e seda pura.
                
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