
Tânatos
Data 26/07/2008 14:56:53 | Tópico: Poemas
| TÂNATOS
Perene! Cortesã das noites e mantos. Cantos e sopros brilham as eternidades; irresistíveis negros de teus véus. Senhora dos céus e fios — finos e tênues silêncios entre as cores e húmus.
Perene! Indelével nas danças – harmonia ao lúdico dos jogos. Faceira, tramas em compassos teus ritos solenes. Dama eterna dos joios e trigos e mostos ao gozo dos pastos... logos & cálices.
Perene! Inconteste das lidas cruzadas – soberana nas fainas, revigoras as chamas nas hastes extintas. Refulgente e bela ao coro-sopro dos Verbos.
Perene! Indissoluta és nos lumes e gumes — luzente nos breus. Irônica e plena à sedução dos lábios. Calores incisos em ranhuras nas pedras... beijas os sopros à resta do frio.
Perene! Incólume dançarina entre pêndulos e areias. Ápice do não nas ofertas, consagram-te — enigmas perpetuados à sina; morrer-te quereres.
Perene!
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