Sempre tarde

Data 06/10/2008 00:26:55 | Tópico: Poemas

Inda que jovem, inda que inocente,
Inda que o futuro não me faça alarde
No tempo de mim hoje é sempre tarde,
Caminha o relógio rumo ao evidente.

As horas que passam, passam sobre mim,
Eu carrego marcas que não se apagam
Momentos ocos que me mim desaguam
Rudes, vorazes, espreitando o fim.

Nessa contra mola é que venho e vou
Com os olhos vazios e a boca fechada,
Uma janela aberta nessa madrugada
Onde a esperança não se debruçou.




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